7.02.2011

Hilda Hilst

Skinhead Panthro

HAHAHAHAHAHAHAH parece até ficção, mas não é! Um sujeito chamado Tone Tank da loja Scumlife, sempre reconheceu o Panthro (sim, aquele mesmo dos Thundercats) como um cara negro. Porém depois de crescido e mais sabido de certos assuntos, ele ligou tudo e concluiu: o Panthro é um skinhead! Careca, negro, de botas e suspensório, é isso! Então usou todo o seu talento para fazer esse bonequinho de resina, entitulado "the non racist black skinhead panthro". Eis a declaração do próprio Tone Tank sobre sua criação: "I always knew Panthro was a black man, but recently I was watching the Thundercats as a grown up and it hit me that he was a Skinhead. He has the shaved head. He has the suspenders. He is a black Skinhead.
São essas coisas que fazem o mundo ser FODA!

7.01.2011

Damn Laser Vampires the Movie!

Veja aqui o trailer de mais esta sensacional produção em que estão envolvidos os grandes Damn Laser Vampires!

6.22.2011

Revista Animal!

Em 1988, quando eu nem mesmo era metade esperma do papai, metade óvulo da mamãe, saía nas bancas a incrível revista Animal. Uma revista que marcou aqueles que na época interessavam-se por quadrinhos e viram o primeiro lançamentos nas bancas brasileiras de autores como Tamburini e Liberatore, Bernet e Abuli, Jaime Hernandez...
Hoje, aqueles que como eu descobriram a revista anos depois,continuam surpreendendo-se e cultuando o conteúdo pois hoje em dia existe espaço para publicações de grande tiragem que são até mesmo gratuitas,impressas em ótimo papel, nas quais o conteúdo não tem culhões para se aproximar do que era a Animal, com seus quadrinhos sobre os submundos do sexo bizarro, da violência e das drogas. O ultra politicamente incorreto Ranxerox com sua namorada junkie de 12 anos, numa constantemente violenta busca por heroína é um ótimo exemplo, é um dos meus preferidos. Para mim essas revistas acabam sendo um horrível desperdício de papel bom, enquanto uma dúzia de pessoas andam por aí disputando alguns desses números da Animal. Aiaiai, vida injusta!


 Torpedo (Bernet/Abuli)


 Jaime Hernandez

Mari Moyses

Mari Moyses, o delicado e o sutil na construção de personagens fortes impregnados de personalidade.
Visitem www.flickr.com/mariana_moyses.

Rocksteady The Roots of Reggae Trailer



Esse trailer me deu arrepios! Já está na wishlist do soulseek, que venha o mais rápido possível!

The 5, 6, 7, 8s

5.14.2011

Florbela Espanca: O meu mal

eu tenho lido em mim, sei-me de cor,
eu sei o nome ao meu estranho mal:
eu sei que fui a renda dum vitral,
que fui cipreste, caravela, dor!

fui tudo que no mundo há de maior:
fui cisne, e lírio, e águia, e catedral!
e fui, talvez, um verso de Nerval,
ou um cínico riso de Chamfort...

fui a heráldica flor de agrestes cardos,
deram as minhas mãos aroma aos nardos...
deu cor ao eloendro minha boca...

ah! de Boadbil fui lágrima na Espanha!
e foi de lá que eu trouxe essa ânsia estranha,
mágoa não sei de quê! saudade louca!

Florbela Espanca: Fumo

longe de ti são ermos os caminhos,
longe de ti não há luar nem rosas;
longe de ti há noites silenciosas,
há dias sem calor, beirais sem ninhos!

meus olhos são dois velhos pobrezinhos
perdidos pelas noites invernosas...
abertos, sonham mãos cariciosas,
tuas mãos doces plenas de carinhos!

os dias são Outonos: choram... choram...
há crisântemos roxos que descoram...
há murmúrios dolentes de segredos...

invoco o nosso sonho! estendo os braços!
e ele é, ó meu amor pelos espaços,
fumo leve que foge entre os meus dedos...

Florebela Espanca: O que tu és

és aquela que tudo entristece
irrita e amargura, tudo humilha;
aquela a quem a Mágoa chamou filha;
a que aos homens e a Deus nada merece.

aquela que o sol claro entenebrece
a que nem sabe a estrada que ora trilha,
que nem um lindo amor de maravilha
sequer deslumbra, e ilumina e aquece!

Mar-Morto sem maréns nem ondas largas,
a rastejar no chão como as mendigas,
todo feito de lágrimas amargas!

és ano que não teve Primavera...
ah! não seres como outras raparigas
ó Princesa Encantada da Quimera!

5.11.2011

Florbela Espanca: Ambiciosa

Ambiciosa

Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O vôo dum gesto para os alcançar...

Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
- Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar!

Minha alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!

O amor dum homem? - Terra tão pisada!
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? - Quando eu sonho o amor dum deus!...